Estas "Conjeturas" provêm do Blogue C de...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Publicações do blogue C de...

Do separador "Conjeturas", do blogue C de... retirei os textos que se seguem  

C de Conjecturas, estudos, reflexões e opiniões.

14 de novembro de 2012 dia de temporal mas não maior do que o Governo provoca


A dureza das verdades

Um governo do "custe o que custar"

Estamos numa ditadura de um governo fora da lei.
Um governo que foi para o poder mentindo, Um governo que, como os anteriores de direita, enganou os eleitores.
Ganhou as eleições por fraude.
Depois de estar no poder não cumpre a Constituição. 
Não cumpre as leis do país e em conivencia com o Presidente da República faz novas leis inconstitucionais.
As leis são aprovadas por uma maioria de deputados corruptos que subvertem o regime democrático do país e levam os portugueses à miséria.



É uma ditadura que não larga o poder custe o que custar.

Será que a União Europeia vai armar a oposição como faz nos países do médio oriente, para derrubar este governo pela força das armas?

A resposta é evidente.
Neste caso como o Governo de Portugal está a servir os interesses dos grandes capitalistas estrangeiros, para a União Europeia e para a troika, está tudo a correr bem.

Para alguns em Portugal parece que também está tudo a correr bem. É preciso é enganar os papalvos e continuar a votar na troika PS, PSD e CDS. Os mesmos do costume, há 36 anos. 



1 de novembro de 2012

O que é o BCE ? 
Uma conversa sobre o Banco Central Europeu


O QUE É O BCE?
- O BCE é o banco central europeu, dos Estados da UE.

E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do BCE, é dinheiro de nós todos, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

ENTÃO, SE O BCE É O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS ?
- Não, não pode.

PORQUÊ?!
- Porquê? Porque... porque, eles não querem.

ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
- Aos Bancos privados.

ENTÃO PORTUGAL, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI AO BCE?
- Não. Vai aos Bancos privados que por sua vez vão ao BCE buscar o dinheiro para emprestarem. 

MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÂO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... Mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!
O BCE empresta aos privados a 0,75 %, e os privados emprestaram ao Estado português a 6, 7, 8 ou 10%.

MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! OS GOVERNOS DÃO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS PRIVADOS A 0,75 %, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 7 OU 10% AOS ESTADOS QUE SÃO DONOS DO BCE?  E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
- Os nossos Governos... e os Partidos da troika, PS, PSD e CDS, são, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores.

ISTO PRECISA DE MUDAR.  NO DIA 14 ADIRO À GREVE GERAL!  

13 de outubro de 2012

Perguntas:

Acusam de violento o rio que arrasta as pedras das margens.
E as margens que comprimem o rio? Não são violentas?
(Adaptado do poema "sobre a violência" de Brecht)

A lei é feita para proteger a sociedade.
E quando há leis que ferem a sociedade para proteger alguns?

E quando a lei é feita por criminosos que roubam os cidadãos?

Deve-mo-nos submeter a leis que, feitas por alguns, atacam a maioria dos portugueses para beneficiar alguns sem pátria?

Os impostos são o pagamento dos serviços que o Estado presta aos contribuintes.
Pode o governo "desviar" o dinheiro dos impostos para o dar aos especuladores financeiros?

Pode o governo aumentar os impostos para pagar os negócios que fez com privados beneficiados com contratos leoninos, como os das PPP? 


15 de maio de 2012

Quantos pobres é preciso explorar para fazer um rico?


De onde vem o dinheiro para pagar estes ordenados?

Será Justa uma sociedade que, com as regras de acesso discriminatórias, feitas para beneficiar alguns, leve a que um "trabalhador", mesmo que muito competente, ganhe mais 100 vezes que outro trabalhador igualmente competente, cada um na sua função mas ambos igualmente necessários?

As "leis do mercado" aplicadas ao mercado de trabalho defendem sempre quem é mais forte, não de músculos ou de inteligência, mas de situação social ligada ao poder do dinheiro. 
Estes senhores, privilegiados, para além da remuneração que recebem, têm ajudas de custo, transportes, e ainda têm tempo para desfrutar da sua vida social, do ginásio, do ténis e do golfe, de cuidados de saúde especiais.

São super homens? Têm qualidades especiais inalcançáveis por outros homens? Não! São homens como qualquer trabalhador que a sociedade lhe proporcionasse as mesmas condições.

Nesta sociedade, capitalista e liberal, as "leis do mercado" são a regra que defende quem tem muito dinheiro, dinheiro recebido por herança, ou(e) ganho a explorar o trabalho de outros.
São os ricos que têm acesso ao ensino superior, são os ricos que vão fazer cursos ao estrangeiro, são os ricos que nos meandros da alta sociedade dividem entre si os rendimentos obtidos pelo trabalho de milhões de trabalhadores. 



12 de Maio de 2012

Um ano de submissão à troika

37 anos de política de direita
37 anos de mentiras, de oportunistas
37 anos de corrupção
37 anos a destruir o 25 de Abril

Destruição da produção
Destuição da agricultura
Destruição das pescas
Destruição das indústrias

Privatização das empresas públicas
Privatização da banca
Privatização dos serviços do Estado
Privatização da economia

37 anos de sempre dos mesmos
37 anos de PS + PSD + CDS-PP
Ora agoras viras tu
Ora agora viro eu

Um ano de intervenção estrangeira
Um ano ao serviço dos "mercados".
Um ano a destruir o que restava,
dos direitos dos trabalhadores

Tudo isto para quê?
Os resultados estão à vista!

Mais desemprego
Mais pobreza
Mais dívidas ao estrangeiro
Mais retrocesso civilizacional

Quem ganha com tudo isto?
Para onde foi o dinheiro?
O dinheiro não se evapora!
Para onde foi?

Ricos mais ricos
Pobres mais pobres



30 de abril de 2012


Estado Policial: Duas pessoas já fazem uma manifestação

De um artigo de Manuel António Pina:

Vêm-se acumulando nos tempos mais recentes sinais inquietantes de que, aproveitando o vazio de autoridade do MAI, a PSP está a tornar-se uma espécie de Estado (policial) dentro do Estado.

Depois da ilegal utilização de agentes provocadores infiltrados e do espancamento, que começa a ser rotineiro, de cidadãos que exercem o seu direito de manifestação ou de jornalistas que cumprem o seu direito-dever de informar, ainda há dias foi, não o ministro, mas um operacional da PSP quem veio ameaçadoramente anunciar "tolerância zero" no 25 de Abril, isto é, tolerância zero "com" o 25 de Abril.

Agora, a propósito da constituição como arguida de uma jovem do Movimento Sem Emprego que, com outros três desempregados, distribuía no Dia Mundial do Desempregado panfletos à porta de um Centro de Emprego de Lisboa, revelou a porta-voz da PSP que, para esta polícia, "duas pessoas já fazem uma manifestação"

Conjeturando, recordo os tempos do fascismo em que, dizia a PSP, "eram proibidos ajuntamentos de mais de duas pessoas".
Dizia também a PSP do fascismo que era "proibido andar parado".

Hoje em tempos que julgava de "liberdade" para as manifestações já não são precisas três pesoas mas apenas duas. Talvez, o "andar parado" seja também mais restritivo, pois mesmo em movimento a PSP, proibe, espanca e prende cidadãos que julgam ser livres.



15 de abril de 2012


Quem? 
Que política?
Passos Coelho até no que não diz, engana!

Porque é que ele acusa Portugal ou os portugueses e não acusa quem usou mal os dinheiros da Europa?
Ele bem sabe que foi a política de direita da troika há 36 anos instalada no poder que usou subsídios para os amigos, para destruir a agricultura, para destruir as pescas, as empresas industriais e para fomentar o desemprego. 
Para a política de direita o desemprego era objectivo e condição essencial para ameaçar e dominar os trabalhadores e retirar-lhes os direitos, dando mais força aos exploradores.



1 de Março de 2012

Economistas zarolhos 

Qualquer pessoa sabe que a economia é uma relação entre receitas e despesas. Mas os economistas responsáveis por esta política e os seus comparsas, aqueles que arruinaram o país, os que destruiram a agricultura, que afundaram as pescas, os que fecharam as nossas indústrias, esses que temos que ouvir todos os dias na televisão, aqueles que escrevem nos jornais, como se outras opiniões não existissem, esses, todos zarolhos, só olham para o lado das despesas para acusarem os portugueses de que gastaram demais.
Fazem por se esquecer de dizer que as despesas aumentaram para comprar aquilo que deixamos de produzir e para alimentar os bancos.




8 de janeiro de 2012

A ditadura em Portugal afirma-se:

A Associação Sindical dos Juízes (ASJP) considera a lei do Orçamento inconstitucional e ilegal.

Contudo, a maioria de direita, o Governo e Presidente da República, que jurou defender a Constituição, nada fazem. A maioria de direita está como Cavaco que não quer ouvir falar do BPN.
 
António Martins, presidente da Associação dos Juízes, apresentou ao Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, as “reservas, dúvidas e argumentos” da ASJP quanto à Lei do Orçamento do Estado, já em vigor, e que é inconstitucional e ilegal. 

Referiu que o PGR tem poderes para pedir a apreciação da constitucionalidade do Orçamento junto do Tribunal de Contas, por aquela lei “violar vários princípios constitucionais”, incluindo o princípio da igualdade, da equidade fiscal e da proporcionalidade, ao prever o corte de salários e subsídios na função pública. 

António Martins declarou que, muito em breve, a “história julgará as acções e omissões” de quem no processo deste Orçamento deveriam tomar as decisões que se impõem num Estado de Direito. 

Apesar do Presidente da Associação dos Juizes em 2 de Dezembro, ter apelado, por carta, ao Presidente da República para que suscitasse a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado junto do Tribunal Constitucional, Cavaco Silva nada fez. 
 
Conjecturando, este silêncio perante as ilegalidades e o incumprimento da Constituição é uma forma vil de ditadura que, em síntese corresponde a dizer: Tens a liberdade de falar mas isso de nada vale pois, eu é que tenho o poder, e nada faço.
 
Para a maioria de direita que Governa (e se governa), a Constituição não tem valor. O Presidente da República, para fingir que estamos em democracia, jura defender a Constituição mas faz figas e jura falso.
Cavaco a jurar defender a Constituição 


É o que se passa com as liberdades neste sistema dito democrático que de democracia nada tem.

Tens liberdade de ter tudo o que necessitas, desde que tenhas dinheiro.
Tens direito à saúde desde que a pagues.
Para teres dinheiro, tens direito ao trabalho desde que o encontres.
Se não ficares satisfeito, tens liberdade para protestar.
... etc. etc. Até que um dia...

19 de Dezembro de 2011
 
O que o Cardeal Patriarca não disse, e que temos que aprender também:
- A obedecer à Troika e aos mercados
- A ser mais pobre para ajudar os ricos 
- A respeitar os ricos e os que mandam
- A quando nos roubam o salário dar também a carteira.
- A trabalhar mais e ganhar menos
- A sermos cordeiros obedientes



2 de Dezembro de 2011
Marketing da Guerra
"O negócio do armamento é um dos mais prósperos (cerca de 900 mil milhões de euros por ano, 2,5% da riqueza mundial) e nem sequer a crise o conseguiu afectar. Segundo o mais recente relatório do SIPRI, um instituto sueco, as vendas internacionais de armas entre 2005 e 2009 cresceram 22% em relação ao anterior período de cinco anos. (...)
As clientelas são diversas, reflectindo umas vezes os velhos conflitos regionais, outras revelando os novos focos de tensão"...
Os norte americanos inventaram o Marketing que os levou a vender frigoríficos aos esquimós.
À medida que os "clientes potenciais" aprendiam a defender os seus interesses, os norte americanos foram incluindo no Marketing técnicas como as de All Capone. Desenvolveram o Protecting.
 
Oferecem a protecção aos regimes "amigos" que lhes pagam, em matérias primas dos povos, o "serviço" de defesa das ameaças de quem se revolta.  
Se os regimes são populares e estáveis, para não se perder o "mercado", há que criar as ameaças para justificar a intervenção.

Por favor! não nos ajudem!

 Quando os povos "protegidos" começaram a ver que estavam a ser roubados, e que precisavam, isso sim, de se proteger dos que os protegem, então os norte americanos, sempre muito criativos, inventaram uma nova técnica o Terrorketing, financiando grupos terroristas e mercenários, para justificar a necessidade de protecção mesmo que não pedida. 
O curioso é que esta técnica é há muito, usada com a população norte americana, mantendo-a em estado de medo permanente, justificando assim as medidas excepcionais de "proteção".
Este terrorismo é um produto do Marketing, também para justificar a necessidade de adoção de medidas antidemocráticas, da intervenção nos assuntos internos dos países e as "guerras preventivas".
Tal como a Igreja Alemã que tem uma editora de revistas pornográficas, certamente para que os pecadores não faltem, ou o mercado se não perca para a concorrência, assim os EUA têm uma CIA para, em nome da paz, provocar a guerra onde ela não existe.
 A guerra dos mundos
Também como a indústria dos telemóveis lança periódicamente novos modelos para renovar as vendas, nos EUA a indústria de armamento, de acordo com as leis do Marketing, tem que gerar necessidades para não perder mercado. A paz seria a falência e a perda de poder do clã que quer mandar no mundo. 
Abriu-se um novo mercado, o da venda de armas aos terroristas. Um negócio poderoso e altamente lucrativo. A industria de guerra, fabrica as armas. O Estado renova os stocks com o dinheiro do público e oferece aos terroristas, as que estão obsoletas. Em vez de fazerem saldos, despacham assim as armas antiquadas, para gerar novos modelos aperfeiçoados que matam melhor. 
A Guerra para dar lucro
A indústria de automóveis tem as pistas de ensaio para os novos modelos, a indústria da guerra tem as guerras para ensaiar os novos armamentos, fazendo disso não um custo de investigação mas, um negócio lucrativo pois quem paga as despesas são os Estados e os povos.
Nesse negócio, por vezes, vendem armas a ambas as partes em guerra, mantendo assim equilibrados os campos, para que o "mercado de armas" não se perca e a produção aumente.
O Marketing está sempre a inovar para ampliar os negócios. Depois de destruidos os países, debilitadas as suas forças, vem o negócio da reconstução do que foi destruido, da ocupação económica e da colonização para "ajudar". Sempre para ajudar, tal como os bancos nos ajudam a nós... Ficamos por aqui porque esta história só terá fim quando os povos, a começar pelo do EUA, acordarem e resolverem acabar com o "Marketing" da guerra e da morte.

26 de Novembro de 2011


Permanecer na NATO é criminoso e um perigo


A NATO é um instrumento da aventura bélica dos que pretendem dominar o mundo, um dispendio de dinheiro e recursos em tempo de crise, fomentadora de guerras e crimes contra a humanidade com risco de nos envolverem numa Terceira Guerra Mundial.


A crise do capitalismo poderá provocar atos desesperados do poder financeiro que controla os governos e pretende controlar o mundo. Não se trata de apoiar ou não as teorias da conspiração ou a tese dos Protocolos de Sion, mas de analisar os factos e as tendências agressivas do imperialismo americano e seus aliados na NATO. 

Passadas duas décadas da derrota dos países socialistas e da simbólica queda do muro de Berlim, que deveria ter marcado o fim da "Guerra Fria" o mundo não ficou melhor. Pelo contrário, os EUA viram-se à vontade para impor a sua supremacia, e papel de juiz e polícia do mundo.

A "guerra fria" transformou-se numa outra guerra, porventura mais "quente" contra países e populações. A luta de classes é o padrão das lutas e guerras que o capitalismo move contra quem se revolta contra o aumento das injustiças e desigualdades. A luta de classes é a marca das tentativas de domínio mundial do poder financeiro, para aumentar a exploração que se estende a zonas do globo onde existem as matérias primas, petóleo e minério ou a mão de obra barata. 

A NATO é o instrumento dessa luta pelo domínio do mundo, como se verificou com a mudança de estratégia aprovada em Lisboa, e logo de seguida posta em prática com a guerra na Líbia. Conforme escreveu o General Loureiro dos Santos, na Revista Militar aquando da Cimeira da NATO em Lisboa, "As bacias atlânticas Média e Sul banham países emergentes cada vez mais desenvolvidos e poderosos, com vastos recursos e constituindo apetecíveis mercados, que são capazes de ombrear com os seus vizinhos do Norte na segurança e defesa de toda a região atlântica, de Norte a Sul. Como: o Brasil, já potência de expressão global, a chamada quinta do mundo pela sua produção agrícola, com indústrias competitivas – a única grande potência, além da Rússia, que é autosuficiente em combustíveis; Angola, já potência regional, a República da África do Sul, também potência em ascensão, a Nigéria, que dispõe de vastos recursos energéticos, etc.
Aliás, o Norte atlântico, muito dependente em combustíveis fósseis da Rússia e do Médio Oriente, encontra-se em processo de transferência de fontes do seu abastecimento para os grandes produtores do Sul, entre os quais, os países do Magrebe, Nigéria, Venezuela, Angola, etc.
Parece poder afirmar-se que, actualmente, o Ocidente geográfico que conta abrange toda a região geopolítica do Atlântico e não apenas a sua sub-região Norte. O que levanta a questão da criação de um sistema de segurança do Atlântico Sul e da sua articulação com a NATO actual".

Creio que as explicações são claras. As recentes ameaças à Síria e Irão, são ensaios para uma justificação do domínio na zona do petróleo e aproximação à Rússia e China.


A expansão para África tem estado em "banho maria" mas continua a aquecer. Há quem tema a concretização da profecia da Terceira Guerra Mundial, com a criação de um governo planetário, a ser imposto e exercido pelos sionistas. 

A crise do capitalismo pode dar força às vozes mais ávidas de guerra. Quem ganha diretamente com isso? A influente indústria de guerra norte americana. Indiretamente ganham os que actualmente ganham com a crise e a austeridade.               
Contudo, há também quem, em Israel e nos Estados Unidos, tenha o "bom senso", e alerta para os perigos. "Meir Dagan, ex-dirigente da agência de espionagem e contra-espionagem de Israel, parceira da CIA, defende que um ataque ao Irão é “uma idéia estúpida” e que conduzirá a uma guerra regional com gravíssimas consequências para todos. Também nos Estados Unidos, alguns militares "tentam convencer o presidente Obama – a cada dia mais servidor dos belicistas do Pentágono – de que um ataque ao Irão poderá levar a uma nova guerra mundial, e de resultados imprevisíveis". Como diz o ‘New York Times’ de 14 que publica a opinião do general John.H.Johns e do general Anthony Zinni, respeitados militares nos EUA.
Também chefes militares em actividade, estiveram recentemente com Obama, para o demover de apoiar a ideia de Israel atacar o Irão, mas Obama não se pronunciou.

Israel e os EUA enfrentam enormes desigualdades sociais com o aumento da pobreza e o crescente número de "indignados" que se manifestam nas ruas e, talvez por isso, os respectivos Governos envolvem-se noutras lutas contra os inimigos que produzem. Será essa a salvação que esperam para se livrarem da contestação interna e do afundamento económico que os tolhe, para alcançarem o objectivo do domínio do mundo?

E nós, Portugal, que temos a ver com isto? Temos a NATO que, para além da sangria de recursos, nada nos dá a não ser envolver-nos em guerras que apenas servem os interesses do imperialismo e que poderão vir a desembocar numa Terceira Guerra Mundial.


OS TEXTOS MAIS ANTIGOS ESTÃO (AQUI)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Conjeturas



21 de Novembro de 2011

Há crimes, e crimes, contra a humanidade

Como em tudo na vida, é preciso ver o mundo à luz da luta de classes e descobrir quais os interesses e objectivos em jogo.
   
O conceito de "crimes contra a humanidade", está a ser usado como o de "terrorismo". Os políticos da direita mais reaccionária, os poderosos do sistema capitalista (e do imperialismo) pretendem confundir e manipular a opinião pública, desviando as atenções dos verdadeiros crimes contra a humanidade que estes responsáveis cometem.
Todos os dias aparecem nos jornais acusações de crimes contra a humanidade, para o Tribunal Penal Internacional (TPI), para legitimar as intervenções abusivas dos que pretendem defender interesses, na maior parte das vezes, sem legitimidade.
Hoje foi a vez de um líder da oposição da direita venezuelana, denunciar o Presidente Chaves, no TPI, de crimes contra a humanidade.

Sempre que os Estados Unidos direta ou indiretamente acusam algum líder de um país, de política contrária à dos EUA, é certo que estão a preparar uma intervenção para o liquidar fisica ou politicamente. 
São crimes contra a humanidade os cometidos por Kadafi, mas não são os que a NATO cometeu bombardeando sistematicamente cidades e infraestruturas essenciais para a vida das populações como as redes de abastecimento de água e electricidade.
Também não foram crimes contra a humanidade os cometidos por Pinochet, ditador que os americanos apoiaram, para derrubar o Governo legal do Chile e assassinar o Presidente Allende.

Não são crimes contra a humanidade a CIA derrubar governos como o de Mohammed Mossadegh primeiro-ministro do Irão, que nacionalizou o petróleo do país e o substituir pelo ditador xá Mohamed Reza, financiado pelos EUA.
Não são crimes contra a humanidade a invasão à Baia dos Porcos, em Cuba, o golpe militar de 31 de março de 1961, com envolvimento dos EUA (CIA) e  preparação de golpes no Brasil e na América latina. 
Não são crimes contra a humanidade a invasão de Granada por dez mil marines dos EUA, o derrube do governo, e o financiamento da milícia que combatia a revolução sandinista na Nicarágua.
Não são crimes contra a humanidade a "Operação tempestade no deserto" com invasão do Iraque em 1990.
Não são crimes contra a humanidade o bombardeamento de uma fábrica de medicamentos no Sudão, por suspeita de fabricação de armas químicas, facto que se provou ser falso.
Não são crimes contra a humanidade os bombardeios a Jugoslávia, e o bloqueio económico a esse país em 1999.
Não são crimes contra a humanidade os cometidos no Afeganistão, no Iraque, no Paquistão, como não foram, os cometidos no Vietname e na Coreia.
Não são crimes contra a humanidade as experiências médicas e da industria farmacêutica com milhares de pessoas que foram contaminadas sem o saberem, como tem sucedido em África e como o que foi agora descoberto na Guatemala.
Não são crimes contra a humanidade, os cometidos pelos militares americanos nas várias intervenções invasivas de países e de "auxilio" como sucedeu na Birmânia ou as torturas e julgamentos sumários em vários países e em especial no Iraque e Afeganistão, ou nas dezenas de prisões secretas da CIA.
Não são crimes contra a humanidade os gastos militares em guerras provocadas, em bombardeamentos e destruição massiva de populações, enquanto mais de três mil milhões de seres humanos em todo o mundo vivem com menos de 2,5 dólares por dia; e mais de mil milhões de seres humanos não comem sequer uma refeição suficiente e regular, por dia, incluindo alguns milhões de cidadãos americanos.
Não são crimes contra a humanidade, o desenvolvimento de uma indústria de guerra que provoca conflitos para vender armas e gastar os stocks de armamento em obsolescência, enquanto nos próprios EUA morrem muitas pessoas por falta de apoio monetário à vida e à saúde. 
Não são crimes contra a humanidade, a extorsão das matérias primas e recursos dos povos, de forma que 40% das populações mais pobres do mundo partilham apenas 5% do rendimento global ou quando 20% dos mais ricos do mundo sacam 75% do rendimento mundial. 
Não são crimes contra a humanidade, 10% de pessoas nos EUA controlarem 80% dos recursos financeiros do país e 90% da população ter de sobreviver com apenas 20% desses recursos. 
Não são crimes contra a humanidade o assassinato em massa de palestinianos por invasores (Israel com apoio dos EUA) que desrespeitam os direitos humanos e os direitos de povos reconhecidos pela comunidade internacional.
Não são crimes contra a humanidade o bloqueio a Cuba há mais de 50 anos, apesar de condenado pela quase totalidade dos países representados na ONU.
Não são crimes contra a humanidade, o apoio político e militar, durante décadas, a ditaduras militares e regimes totalitários em países da Ásia, da África e da América Latina.
Não são crimes contra a humanidade o ensaio de armas atómicas começando por Hiroshima e Nagasaki exterminando populações indefesas e desarmadas e, mesmo após a extinção do Pacto de Varsóvia, continuar em expansão o arsenal de milhares de ogivas nucleares, e outras armas de destruição massiva altamente sofisticadas, com risco para todo o mundo.
Não são crimes contra a humanidade a fabricação de milhões de milhões de dólares e petrodólares para sustentar um orçamento militar que supera anualmente uma centena de milhar de milhões de dólares, mais que todos os orçamentos militares de todos os povos do mundo, somado.
Não são crimes contra a humanidade a fabricação de valores (dinheiro) fictícios, pelos principais bancos mundiais de origem norte americana e com isso desencadearem uma crise financeira mundial aproveitada para, através de medidas de "austeridade", salvar os bancos especuladores, e espalhar a miséria a centenas de milhões de famílias espoliadas ou desempregadas.
Não são crimes contra a humanidade os crimes ambientais, a recusa dos EUA assinarem o  Protocolo de Kyoto e serem os principais poluidores do planeta afectando o ambiente a saúde e destruição da natureza, com diminuição do tempo de vida das pessoas e da humanidade. 
Não são crimes contra a humanidade a exploração do trabalho, quase sem limites, provocando inúmeras doenças físicas e psíquicas, da actual geração, com prejuízos sociais elevadíssimos.
Não são crimes contra a humanidade, apesar do crescente avanço tecnológico e científico, do enorme aumento da produtividade e do excesso de produção para as necessidades humanas, aumentar os tempos de trabalho, e por isso aumentar ainda mais o desemprego que atinge mais de 200 milhões de pessoas.

Uma busca exaustiva na net acrescentaria, certamente muitos mais crimes contra a humanidade intencionalmente cometidos com objectivos políticos para servirem os interesses dos "donos do mundo", dos que têm o poder do dinheiro à custa dos milhares de milhões de explorados.

Neste blog foram já publicados textos que poderão complementar esta reflexão. 





28 de Outubro de 2011


Fim da linha. Fazer a agulha

O sociólogo norte-americano Immanuel Wallerstein acredita que o capitalismochegou ao fim da linha: já não pode mais sobreviver como sistema.

Professor da Universidade de Yale e assíduo dos Fóruns Sociais Mundiais, acredita o capitalismo "desabará sobre suas próprias contradições" e que "vivemos o momento preciso em que as ações coletivas, e mesmo individuais, podem causar impactos decisivos sobre o destino comum da humanidade e do planeta". 

As declarações foram colhidas no dia 4 de outubro pela jornalista Sophie Shevardnadze, que conduz o programa Interview na emissora de televisão russa RT. 





24 de Outubro de 2011


O Sistema capitalista e o consumismo


A irracionalidade do sistema e a destruição dos recursos do planeta







19 de Setembro de 2011


Adaptação de um poema de Bertolt Brecht



Elogio da Dialéctica

A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração; 

Entre os oprimidos muitos há que dizem:
Aquilo que queremos nunca mais o alcançaremos

Mas...

quem está vivo não diga: nunca

O que é seguro não é seguro

As coisas não continuarão a ser como são

Depois de falarem os dominantes,
falarão os dominados

Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha?
E o nunca será: ainda hoje!
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã


21 de Agosto de 2011


O esforço da UGT


Na passada quarta-feira, o Jornal A Bola noticiava que "Apesar de considerar positiva a descida da taxa de desemprego em Portugal, a UGT alerta que na generalidade os números apresentados «são ainda dramáticos», dado que estão sem emprego cerca de 675 mil pessoas.


A UGT bem se esforça para defender as troikas com quem negociou as medidas de austeridade para os trabalhadores. 
Nesse seu serviço, mente e pretende que os trabalhadores acreditem que o desemprego está a diminuir. Mau serviço para uma Central Sindical, que indo a correr em ajuda do Governo, transmite números de desempregados de 675 mil quando todos sabemos que são perto de 1 milhão.


Diz o secretário-geral adjunto da UGT «Olhamos como positivo este abrandamento do desemprego embora registemos que uma taxa de 12,1 por cento configura na prática centenas de milhares de desempregados que continuam a preocupar a UGT» e que o Governo «terá de minorar urgentemente» a situação de desemprego em Portugal, lembrando que este segundo trimestre inclui meses de incidência sazonal, que normalmente registam aumento de emprego.

Abrandamento? Que abrandamento?


A UGT toma os números oficiais do INE como quem diz "o Governo está a governar bem e o desemprego está a diminuir", contudo, para não "dar muito nas vistas" afirma que o Governo «terá de minorar urgentemente» a situação. Uma no cravo outra na ferradura.


Já a CGTP tem um falar diferente "Se considerarmos ainda os inactivos e o sub emprego, a taxa de desemprego é superior a 17% e afecta perto de 1 milhão de trabalhadores".

"A (actual) ligeira redução do número de desempregados tenderá a ser efémera dado que não pode ser desligada do período de sazonalidade que vivemos".

"Aliás, entre o 1º e o 2º trimestre, dos 48 mil novos trabalhadores por conta de outrem, mais de 80% têm um vínculo precário, confirmando a perpetuação da rotação entre o emprego com vínculo precário e o desemprego. Esta é uma realidade que afecta de forma especial os jovens, cuja taxa oficial de desemprego já ultrapassa os 27%."

"Por outro lado o desemprego de longa duração (mais de 12 meses) e longuíssima duração (25 ou mais meses) é hoje um factor que degrada o tecido social português e empurra mais de 372 mil trabalhadores para uma situação insustentável. Isto num quadro em que 58% do total de desempregados não recebe quaisquer prestações de desemprego".



Pela leitura destas interpretações, das duas Centrais Sindicais, creio ser fácil verificar o posicionamento de cada uma, face à defesa dos trabalhadores.




10 de Julho de 2011


Aprender, aprender sempre!


Quando o PCP acusou o Presidente da República e Governo de se submeterem aos mercados, em 13.07.10, Cavaco diz que não vale a pena “recriminar” agências de rating.
Quando o PCP apontou o caminho da criação de emprego e defesa da produção nacional, sem submissão à especulação dos mercados, em 9.11.10 Cavaco afirmou que "A retórica de ataque aos mercados internacionais não cria um único emprego”. 
Também em campanha eleitoral, em 21.12.10, Cavaco afirmou, doutamente, que “Insultar os mercados prejudica a economia nacional”. 
Recentemente Cavaco dirigiu-se aos críticos "Àqueles que sofrem de ignorância na análise, eu apenas posso recomendar um pouco mais de estudo". (aqui) e, apesar disso agora reconhece (8.07.11) que “agências norte-americanas são ameaça à estabilidade europeia”.



Cavaco trepa! 


Conjecturando, entendo que Cavaco se recomendou a si próprio "um pouco mais de estudo", estudou, e assim trepando, o  poderá levar a reconhecer a razão do PCP. 




15 de Junho de 2011


Hoje no DN li o seguinte:

"Apesar dos bombardeamentos não nos submeteremos", declarou o coronel, pedindo à população: "não tenham medo! Avancem, avancem".
Dirigindo-se aos países que participam nas operações militares na Líbia, Kadhafi advertiu que "nunca poderão vencer um povo armado". Pouco depois da divulgação da mensagem, novas explosões abalaram a capital líbia, Tripoli, segundo um jornalista da agência noticiosa francesa AFP.


É já a terceira vez que vejo notícias sobre as declarações de Kadhafi
ter armado o povo. Li ontem, também que mais de 100.000 populares se juntaram ao exército líbio como voluntários. 

A primeira foi no CM em 21 de Março através das Agências, com o seguinte título:
 Líbia: Um milhão de pessoas armadas

"Vamos armar as mulheres. Vinde lutar contra as nossas mulheres, bando de cobardes", afirmou Kadhafi na TV, no segundo discurso desde o início da operação aliada ‘Odisseia ao Amanhecer'. "Estamos preparados, vamos vencer. Deus está do nosso lado. Do vosso tendes o Diabo", afirmou.

Mas a guerra terá, aparentemente, de ser ganha pela população armada, pois um porta--voz militar anunciou: "Uma ordem foi enviada às unidades militares para que respeitem um cessar-fogo imediato."
Entretanto, caças franceses e dos EUA castigaram Tripoli pelo segundo dia consecutivo, depois de os ataques de sábado destruírem mais de vinte alvos junto à capital e em Benghazi, reduto rebelde, cercado por Kadhafi. Foram ainda destruídas bases militares e antiaéreas em seis outras cidades.
Em resposta, milhares de apoiantes do regime cercaram ontem um quartel de Tripoli e o palácio presidencial, oferecendo-se como escudos humanos. "Deus, Kadhafi e Líbia, nada mais!", gritaram milhares de jovens. Os EUA asseguraram que o líder líbio "não é um alvo". Mas colunas de fumo foram vistas a sair de uma área próxima do palácio.


Kadhafi é um caso raro de "ditador" que arma o povo e não tem mêdo que o povo armado se volte contra ele. Lembro-me do mesmo tipo de actuação de Fidel Castro, outro "ditador" especial.

Com isto começo a conjecturar que os "democratas" não se arriscariam a tanto.

Ou será que os ditadores são ditadores por impedirem a exploração do povo pelos democratas e liberais donos das grandes fortunas e que tudo querem controlar para explorar o povo trabalhador?

O mundo já não é o que era. Já há ditadores que se apoiam no povo e democratas que servem os banqueiros capitalistas. 
 



22 de Maio de 2011
Gostar de ser enganado


Serão os portugueses masoquistas. Gostam de sofrer? Gostam de ser enganados?

O jornalista Sousa Tavares, escreveu “político que diga toda a verdade não ganha eleições”.
 
Isto é estar convicto da estupidez da maioria dos eleitores. Terá razão?
Poderia ter dito que "político honesto não ganha eleições".

O povo diz que que "À primeira, cai qualquer. À segunda cai quem quer." E à terceira?




23 de Abril de 2011
Retrocesso civilizacional

O retrocesso civilizacional que vimos em Portugal, acontece um pouco em muitos países do mundo desde a derrota do Socialismo na URSS. Desde então, o mundo foi invadido pelos anti-valores do capitalismo, da lei do mais forte, do consumismo, da deturpação da história e da formatação de uma cultura global, pela globalização da vida e das relações capitalistas da sociedade.


13 de Abril de 2011
Os Partidos são todos iguais?


Pensando bem... 
os Partidos que muita gente diz que "são todos iguais" são os que constantemente se vêm na Televisão enganando as pessoas. São os Partidos da Direita PS, PSD e CDS-PP. De facto as diferenças entre eles são mínimas. Mas esses, não são todos!
Há os que raramente aparecem na Televisão como o PCP. Esse não é igual aos outros, porque se fosse, estava naquele grupo e tinha muito "tempo de antena" na televisão. Mas como não é, a Televisão e os Jornais, "esquecem-se" dele. Contudo, existe o Jornal Avante que "põe a boca no trombone" e diz o que os outros escondem. Por isso o PCP é bem diferente dos que são todos iguais.


12 de Abril de 2011

Quem contraiu a maior parte da dívida? Que responsabilidade temos sobre a dívida privada?


E se for posto em causa a legitimidade do pagamento de dívidas privadas pelos portugueses tal como fizeram os islandeses? Pensando melhor, porque carga d'água temos nós, o povo, que pagar dívidas que não contraiu? 


11 de Abril de 2011

Conjecturando, pergunto se Mário Soares, "socialista" (primeiro responsável pelo rumo que Portugal seguiu após o 25 de Abril de 1974), homem "coerente" (que, sempre que é preciso escolher, escolhe pela direita mais reaccionária) vai continuar a apoiar Fernando Nobre, como apoiou contra a candidatura do PS Manuel Alegre. E, se o fizer, para manter a sua coerência, certamente arrastará consigo os "grandes nomes" do PS, todos unidos e solidários, como arrastou contra Manuel Alegre.

10 de Abril de 2011

A deturpação e a realidade

Porque é que só se fala no PS, PSD e CDS?

Realidade: PS, PSD e CDS têm a mesma política com pequenas diferenças pessoais.


Deturpação: PSD e CDS são oposição


Querem-nos impingir a ideia que PSD e CDS são oposição para esquecer a verdadeira oposição e...


... para que uma vez governe PS e outra vez o PSD (com ou sem CDS à mistura). A alternância sem alternativa.


Deturpação: Quando o povo diz que são todos iguais, tem alguma razão pois a Televisão e os Jornais apenas falam no PS, PSD e CDS.


A Realidade é que querem que não se saiba que existem outros, que são a verdadeira oposição e que não são iguais aos que são todos iguais.



25 de Março de 2011
Quem acredita que todos os partidos são iguais, o melhor que tem a fazer é não votar, ou se acha que são todos bons o melhor é votar em todos para não se enganar.

8 de Março de 2011
A lei ao serviço de quem está no poder e cada vez mais afastada do povo.

E, quem está no poder, são cada vez menos os representantes do povo.

O Governo dito "socialista", está a entregar a gabinetes privados de Advogados (e que advogados) tarefas de produção da legislação. Para além da fúria da privatização, muitos outros interesses privados se podem colocar. Os dos lobbies que por aí andam e muitos outros que as influências e ideológicos e políticas geram. Mas, não é isso que vem agora ao caso. Lembrei-me daquilo que diz o povo, generalizando claro, que os advogados complicam as coisas para serem eles os únicos a poder descomplicá-las. Ganham a complicar e ganham a decifrar o que complicaram. Apesar de isto ser contado como anedota, têm muito que se lhe diga. Os lobbies fazem este trabalho de forma sofisticada, propondo legislação cheia de manhas a ponto de ser utilizada para defender interesses ilegítimos. Em boa parte é o que se passa com os julgamentos da "alta corrupção" dos "grandes vigaristas" dos que roubam muitos milhões e que vêm os seus processos ser arquivados ou adiados sistematicamente através de artifícios administrativos, que até permitem a anulação de casos de grandes crimes mais que evidentes. É assim que grandes pedófilos, corruptos, vigaristas, ladrões, e toda essa escumalha, são libertados e até indemnizados, pelo Estado que somos todos nós.
Há vários anos, fui testemunha de um caso em tribunal. O crime era evidente mas o advogado do arguido tentava desculpá-lo. Quando me interrogaram tentei responder com os factos que conhecia. O Juiz impediu-me de o fazer obrigando-me a responder apenas a sim ou não às perguntas que me faziam. Claro que as perguntas eram tendenciosas e desvirtuavam a realidade. Sempre que explicava os factos o Juiz mandava-me calar. Expliquei ao Juiz que os factos não eram os que estavam a ser perguntados. O Juiz ameaçou-me com a expulsão da sala se voltasse a falar para alem da resposta sim ou não às perguntas que me faziam. Pedi desculpa ao Juiz, justificando que julgava que o tribunal queria saber a verdade. Fui ameaçado de prisão e expulso do tribunal. É claro que o criminoso, um grande construtor, foi ilibado.
É sabido que ninguém pode invocar o desconhecimento da lei. Se for banqueiro não precisa pois, com o dinheiro dos outros, paga bem aos seus gabinetes de advogados. Se for um simples trabalhador, as dificuldades são enormes. É por isso que o Governo, lançou o simplex para facilitar o cidadão.
Vejamos um exemplo do trabalho legislativo simplificado.
O art. 1º do Dec.-Lei 35/2010 de 15 de Abril começa da seguinte forma:
Os artigos 143.º e 144.º do Código do Processo Civil aprovado pelo Decreto -Lei n.º 44 129, de 28 de Dezembro de 1961, alterado pelo Decreto -Lei n.º 47 690, de 11 de Maio de 1967, pela Lei n.º 2140, de 14 de Março de 1969, pelo Decreto -Lei n.º 323/70, de 11 de Julho, pela Portaria n.º 439/74, de 10 de Julho, pelos Decretos -Leis n.os 261/75, de 27 de Maio, 165/76, de 1 de Março, 201/76, de 19 de Março, 366/76, de 15 de Maio, 605/76, de 24 de Julho, 738/76, de 16 de Outubro, 368/77, de 3 de Setembro, e 533/77, de 30 de Dezembro, pela Lei n.º 21/78, de 3 de Maio, pelos Decretos -Leis n.os 513 -X/79, de 27 de Dezembro, 207/80, de 1 de Julho, 457/80, de 10 de Outubro, 224/82, de 8 de Junho, e 400/82, de 23 de Setembro, pela Lei n.º 3/83, de 26 de Fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 128/83, de 12 de Março, 242/85, de 9 de Julho, 381 -A/85, de 28 de Setembro e 177/86, de 2 de Julho, pela Lei n.º 31/86, de 29 de Agosto, pelos Decretos -Leis n.os 92/88, de 17 de Março, 321 -B/90, de 15 de Outubro, 211/91, de 14 de Junho, 132/93, de 23 de Abril, 227/94, de 8 de Setembro, 39/95, de 15 de Fevereiro, 329 -A/95, de 12 de Dezembro, pela Lei n.º 6/96, de 29 de Fevereiro, pelos Decretos -Leis n.os 180/96, de 25 de Setembro, 125/98, de 12 de Maio, 269/98, de 1 de Setembro, e 315/98, de 20 de Outubro, pela Lei n.º 3/99, de 13 de Janeiro, pelos Decretos -Leis n.os 375 -A/99, de 20 de Setembro, e 183/2000, de 10 de Agosto, pela Lei n.º 30 -D/2000, de 20 de Dezembro, pelos Decretos -Leis n.os 272/2001, de 13 de Outubro, e 323/2001, de 17 de Dezembro, pela Lei n.º 13/2002, de 19 de Fevereiro, e pelos Decretos--Leis n.os 38/2003, de 8 de Março, 199/2003, de 10 de Setembro, 324/2003, de 27 de Dezembro, e 53/2004, de 18 de Março, pela Leis n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, pelo Decreto -Lei n.º 76 -A/2006, de 29 de Março, pelas Leis n.º 14/2006, de 26 de Abril e 53 -A/2006, de 29 de Dezembro, pelos Decretos -Leis n.os 8/2007, de 17 de Janeiro, 303/2007, de 24 de Agosto, 34/2008, de 26 de Fevereiro, 116/2008, de 4 de Julho, pelas Leis n.os 52/2008, de 28 de Agosto, e 61/2008, de 31 de Outubro, pelo Decreto -Lei n.º 226/2008, de 20 de Novembro, e pela Lei n.º 29/2009, de 29 de Junho, passam a ter a seguinte redacção: ...



6 de Março de 2011
Os Homens da Luta, a votação "do povo" e o desagrado de alguns

Depois de ver a notícia do Público sobre os vencedores do Festival da Canção, fiquei a pensar. 
Diz o articulista que Os Homens da Luta foram os preferidos de 26 por cento dos votantes por telefone, muito à frente de Rui Andrade, o segundo mais votado, que obteve 12 por cento. A escolha desagradou ao público que marcou presença no Teatro Camões, em Lisboa, ontem à noite. Metade da plateia esvaziou mal os Homens da Luta foram anunciados como os representantes portugueses no Festival da Eurovisão deste ano. Os que ficaram encheram a sala com apupos, abafando as parcas palmas que se ouviram. Os votos por telefone contrariaram o júri e quem estava no Teatro Camões.

Isto foi o que me fez reflectir e conjecturar. Que paralelo, ou diferenças, existem entre as eleições de Sócrates e de tantos corruptos, ladrões e vigaristas, e esta eleição? Nunca vi o Público e os "jornalistas" do regime, fazerem tal análise. Nos caso das eleições para os que representam o "povo" (as aspas são do Público), o que é diferente? Vou ter que fazer um curso de sociologia, para ver se entendo...


3 de Março

Despedimentos e Desemprego

O combate ao desemprego (objectivo central da política consensualmente aceite) deve passar por tornar mais rigorosos os critérios de despedimento. O período de aviso prévio deverá aumentar, na razão directa dos números do desemprego, tanto para dificultar os despedimentos arbitrários, como para atender à maior dificuldade de reinserção. 

21 de Fev.

O que é Democracia?

Vou no 9º texto de reflexão sobre o que é a Democracia e de repente uma frase que vi, já nem sei onde, me esclareceu:


Democracia é a liberdade de escolhermos os nossos ditadores.


Depois dos exemplos históricos apresentados, com vários conceitos de Democracia, - democracia liberal, democracia socialista, democracia formal, democracia representativa, etc. - esta consigna ajusta-se a muitas situações conhecidas. Creio mesmo que não será preciso saír do país para estudar esta forma de Democracia.


Como estou numa página de Conjecturas, atrevo-me a denominar a nossa Democracia de "democracia masoquista" - que me perdoe Leopold von Sacher-Masoch, cujos ideais não eram exactamente estes. Nesta óptica de democracia, poderemos escolher os vários ditadores para nos bater, para nos roubar, para nos enganar, enfim poderemos escolher da enorme lista de candidatos que bem conhecemos e que sempre têm aparecido.


Nesta "democracia masoquista" temos apenas uma regra, aliás óbvia: "podemos escolher qualquer ditador desde que não seja comunista"



2 de Fev.
Economia de Mercado - Capitalismo
Produzir - Vender - Comprar - Lixo - Produzir - Vender - Comprar - Lixo - Produzir - Vender... Aumentar os lucros!


Este vídeo, tem a ver com a conjectura apresentada abaixo. No sistema capitalista que domina o mundo, com a sua economia de mercado, as principais empresas que controlam os mercados (estes não são aqueles que é preciso acalmar), projectam os produtos que fabricam para não ser compatíveis uns com os outros e para durarem pouco tempo. Em cada produto lançado, introduzem faseadamente,  também algumas inovações (upgrades) para que os consumidores sejam "obrigados" a actualizar os produtos ou a comprar novos.
Se a produção fosse concebida a pensar nos consumidores, muito do lixo produzido, era evitável. Todos ganhávamos e ganhava o planeta.



Horários de Trabalho e aumento da produção global

Em post mais antigo, escrevi sobre a evolução da Ciência e da Técnica que não está a ser utilizada para servir a Humanidade, mas principalmente os grandes capitalistas, detentores dos meios de produção mais avançados.
Aduzi algumas razões que creio tornar evidente, sem necessidade de grandes demonstrações, que hoje se produz muitas vezes acima das necessidades e com muito menos mão de obra. Existem no mundo mais de 230 milhões de desempregados que, para além de nada, ou muito pouco, produzirem, consomem recursos dos que trabalham.
Se a economia fosse planificada, com critério para servir a humanidade, o lógico seria distribuir o tempo necessário para a produção global, pelo número de trabalhadores no mundo.
Se assim fosse, a produção necessária à vida das pessoas mantinha-se e, o trabalho repartido equitativamente, permitia que cada trabalhador tivesse um horário de trabalho bastante mais curto.
Permitia, ainda, que a idade da reforma baixasse sem grandes percalços.
Nessa situação, a substituição do trabalho humano por máquinas, não provocaria desemprego mas, a benéfica redução do horário de trabalho.
Esta conjectura surge, não por desconhecer a razão principal, destas situações evidentemente irracionais. É sabido, desde os Séc. XVIII e XIX em especial depois da Revolução Industrial, que o desemprego é um poderoso aliado do capitalismo. É o forma mais eficaz, do capitalismo, no mercado de trabalho, sujeitar os trabalhadores aos baixos salários.
O desemprego, aumentando rapidamente o lucro do Capital, tem custos sociais elevadíssimos, que só em muito pequena parte os capitalistas suportam. Nesta óptica, os custos são divididos por toda a sociedade e os lucros apenas por alguns.
Essa mesma óptica de divisão dos custos, por todos, não se aplica, claro, à divisão do trabalho necessário, mantendo este sistema, um enorme "exército de reserva" de mão de obra.
Este critério de divisão do trabalho total necessário, pela globalidade da sociedade, exige uma alteração social, só possível com a implementação do Socialismo em todo o mundo.
Enquanto isso não acontece, creio ser necessário em cada país, os trabalhadores reivindicarem a redução dos horários de trabalho, como forma de reduzir o desemprego. Ao argumento da perda de competitividade relativamente a outros países, independentemente de penalizações que poderiam ser reivindicadas e aplicadas pelos Estados, na sua função social de reguladores, o que é importante prever, é que esse movimento rapidamente se poderia alastrar a muitos países, promovendo uma aproximação do ponto de equilíbrio.
A mensagem é simples, prevê-se que bem compreendida, constitui um factor de pedagogia e um complemento para a compreensão da irracionalidade e injustiça deste sistema, que tem que acabar em todo o mundo. Qualquer trabalhador compreende que algo está mal quando tem que trabalhar mais enquanto outros são despedidos por falta de trabalho. Qualquer trabalhador compreende que o horário de trabalho deveria ser reduzido na medida em que as máquinas substituem a maior parte do trabalho humano.